domingo, 26 de outubro de 2014

Vitória do povo brasileiro





É um ditado popular, e, como representa a voz do povo, encaixa-se à perfeição nesse momento pós-eleitoral, confirmada a vitória da candidata Dilma Roussef: “Não troque o certo pelo duvidoso”. O povo, sábio como só ele, abraçou essa máxima e fez história nesse domingo, dia 26 de outubro.

Foi a escolha pelo governo das políticas públicas, que ao longo de doze anos olhou para os mais necessitados e fez mover as classes sociais, antes estáticas. Quem nascia em família pobre no nosso país, normalmente morria pobre, salvo exceções. Isso vem mudando, principalmente através do acesso à educação de nível superior oferecido pelo Governo Federal. Além disso, o número de  pessoas que passavam fome no Brasil, segundo informação da ONU, foi drasticamente reduzido, tirando nosso país desse terrível ranking. E muitas outras medidas foram tomadas, invariavelmente buscando a melhoria das classes economicamente inferiores, algo que há muito se pedia aos governantes.

Óbvio que não se trata de um governo cem por cento perfeito. Isso não existe. Denúncias de corrupção apareceram e os envolvidos foram julgados e condenados, como mandou a lei. Havendo outras denúncias e as devidas comprovações, sabe-se que a medida será a mesma, como deve ser num estado democrático de direito. Alguns pontos da política externa brasileira certamente mereciam melhor encaminhamento, é verdade. Mas o que se quer destacar aqui é que para o povo sofrido, oprimido por séculos, esses são pontos que ficam num segundo plano. Ele teve, finalmente, um governo que olhou por ele, vendo suas necessidades e abrindo espaço para suas conquistas, como a casa própria, um sonho antes inalcançável.

Teremos mais quatro anos de desafio pela frente, mas já sabemos que não haverá sustos. A continuidade de uma política voltada para o social mostrou ser o grande objetivo do cidadão que foi às urnas e reelegeu Dilma Roussef. Foi, sem dúvida, a vitória do povo brasileiro.

segunda-feira, 6 de outubro de 2014

O perigo da emoção





E a candidata que era vice, de repente se viu como cabeça da chapa, tornou-se o maior fenômeno eleitoral, chegando a figurar em pesquisas dez pontos percentuais à frente da segunda colocada. E essa mesma candidata, semanas depois, terminou a eleição em terceiro lugar, sem conseguir chegar sequer ao segundo turno. Como, em tão pouco tempo, explicar essas mudanças tão drásticas no eleitorado? A resposta está na emoção.

O eleitor mostrou que vota muito mais pela emoção do que pela razão. Tivesse o avião do ex-governador Eduardo Campos caído em uma data mais próxima a das eleições, certamente o resultado seria outro. A candidata Marina Silva talvez fosse até eleita num primeiro turno. A comoção generalizada se mostrou muito mais forte do que se supunha, uma vez que foi apenas passarem algumas semanas do fatídico acontecimento que as forças antes estabelecidas retomaram seus lugares na preferência das pessoas. Percebe-se, assim, que a razão é posta em segundo plano, em algo tão importante quanto é a escolha do governante de nosso país.


Óbvio que não se quer aqui afirmar que todos os votos de Marina Silva derivaram da emoção causada pelo passamento de Eduardo Campos. Mas a subida e queda vertiginosa da candidata do PSB devem servir de aviso que o povo brasileiro talvez não esteja tão amadurecido politicamente quanto se quer acreditar. O país não pode ficar a mercê de acontecimentos fortuitos para que se decida quem será o seu presidente. Longe disso. Uma plataforma política bem definida, programa de governo estabelecido, conquistas alcançadas e o histórico do candidato devem ser os elementos para que o eleitor escolha aquele que tem mais condições de governar o Brasil. A emoção não deve ser parte dessa decisão.