Maior aplicativo de mensagens instantâneas, o whatssapp é, sem
dúvida, uma excelente forma de comunicação. Além disso, serve também
para divulgação de eventos, propaganda, enfim, tudo aquilo que se deseja
que a maioria das pessoas saiba que irá acontecer. Principalmente através dos chamados grupos, em que, às vezes, centenas de pessoas dividem o mesmo espaço virtual.
Eu mesmo estou em vários grupos do aplicativo. Uns do trabalho, da
família, do Flamengo, meu clube de coração. Também participo de outros
mais gerais, que iniciaram com a pretensão de serem "grupos de
notícias".Uma forma interessante de divulgar e saber sobre fatos e eventos de
nossa cidade. Claro que um bom debate acerca de assuntos polêmicos é
sempre bem-vindo, desde que haja educação por parte dos envolvidos. Cada
um pode, é claro, defender aquilo em que acredita, desde que haja
respeito e civilidade.
Entretanto, começada a campanha eleitoral que, felizmente, esse ano
dura apenas 45 dias, vê-se o aplicativo transformado num verdadeiro
"cabo eleitoral virtual", tamanha a quantidade de propaganda de
candidatos que passou a veicular. Mais ainda: uma verdadeira avalanche
de ofensas, ameaças e discussões, que passa longe do mínimo aceitável
para que se possa tentar construir uma argumentação dotada de algum
pensamento que se aproveite.
Grupos e mais grupos, com assessores, políticos e apaixonados,
digladiando-se de maneira muitas vezes desrespeitosa, como se mais nada
importasse senão o evento do dia 02 de outubro. Amizades desfeitas,
rancor e até promessas de futuros processos judiciais derivados de
manifestações virtuais. Enfim, uma arena repleta de feras em que o bom
senso foi devorado. Pessoalmente, abstenho-me dessas discussões em nível municipal e, por
vezes, estadual. Sei da paixão das pessoas e sua falta de discernimento
em separar um posicionamento sobre qualquer assunto de uma preferência
política.
Mas vejo,de forma lamentável, um espaço que poderia ser utilizado
como mais uma forma de divulgação de projetos e intenções políticas
utilizado de forma inconveniente com a enxurrada de "santinhos virtuais"
ou transformado em mero ringue para batalhas eleitoreiras.
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