A NOVA CHATICE DO FUTEBOL – por Moacir Poconé
De uns tempos pra cá, nos acostumamos com os nomes compostos
no futebol brasileiro. É um tal de David Luiz pra cá, Thiago Neves pra lá, e
mais uns Tiago Silva, Daniel Alves, Leandro Damião, Leonardo Silva e muitos
outros. No último jogo de nossa Seleção (a do Mano...) Galvão Bueno chamou atenção
para a nossa defesa formada por vários dos jogadores listados acima, todos de
nomes compostos e lembrou com saudades dos tempos de Garrinchas, Pelés e Zicos
em nosso futebol.
Mas outra novidade surgiu nos últimos tempos, como prova de
que o que está ruim pode piorar. São as abreviaturas dos nomes ou primeiras
letras seguidas dos números dos jogadores. Uma verdadeira chatice. Ronaldinho
Gaúcho já foi R10 no Flamengo, hoje é R49 no Atlético Mineiro. Thiago Neves é
TN7 no Fluminense, Wellington Paulista já apareceu mencionado com um incrível
WP9! E outros e outros seguem essa fatídica numerologia.
Lembro que o primeiro a ser chamado assim talvez tenha sido
o hoje obeso Ronaldo Fenômeno. R9 é inclusive o nome de sua empresa de
assessoria a atletas e de propaganda. No exterior, há quem chame o português
Cristiano Ronaldo de CR7, o que prova que essa mania não se restringe a nossos
gramados.
Como toda moda, essa deve passar um dia (espera-se!). Os
apelidos dos jogadores que faziam parte da tradição do nosso futebol estão
desaparecendo, assim como a qualidade de nosso futebol. Problema maior somente
se surgir algum jogador com nome de Cláudio Ueslei. Que abreviatura inventarão?