Surpreendente. Esse seria um dos adjetivos cabíveis à
primeira semana da nova novela das seis da Rede Globo, Meu Pedacinho de Chão. Uma verdadeira obre de
arte, numa direção primorosa do conceituado diretor Luiz Fernando Carvalho, que
tem em seu currículo obras como Renascer, Os Maias, Hoje é Dia de Maria e A Pedra do
Reino.
O autor da novela é Benedito Ruy Barbosa e, na verdade,
trata-se de uma inspiração em novela de mesmo nome. Meu pedacinho de chão foi
ao ar na própria Rede Globo em 1971 e foi a primeira novela nessa faixa de horário
na emissora carioca. O autor, porém, avisa que não se trata de uma refilmagem. Somente
os nomes de personagens e locais se repetirão. Tratará de assuntos que, na
época, a censura não permitiria. Entretanto, a grande novidade nessa versão é a
atmosfera lúdica e teatral que foi concebida para o folhetim. As cores, o
cenário, o figurino e, especialmente, a interpretação dos atores fogem ao
padrão que o espectador encontra nas obras desse gênero que é, sem dúvida, o
mais popular no Brasil. Algo parecido já se viu em séries ou minisséries, mas,
numa novela, trata-se de algo inédito.
Outra novidade é o elenco. Muito pequeno, com apenas vinte
atores. Número muito menor que o de minisséries. São nomes de primeira linha.
Antônio Fagundes, Osmar Prado, Rodrigo Lombardi, Juliana Paes, Bruna Linsmeyer
são apenas alguns nomes de destaque. Como também o ator pernambucano Irandhir
Santos, renomado no cinema e que faz sua estreia nas novelas como o pistoleiro apaixonado
Zelão. Um primor de interpretação. A trama é extremamente atual: a opressão dos
poderosos em relação às classes menos favorecidas. Tudo contado de forma
sucinta: serão somente cerca de cem capítulos. Amor, humor e drama são os
demais componentes, numa caprichosa produção que a crítica especializada já
trata como um dos grandes acontecimentos nos últimos tempos na televisão.
Está aí o grande perigo para a excepcional novela. Todo
universo ficcional, certamente encontrará resistência por parte do público mais
conservador. Muitos poderão achar a novela infantil ou fora da realidade, com
suas galinhas mecânicas, seu cavalo de madeira ou personagens que nunca mudam
de roupa. Ou simplesmente que é colorida demais (como se isso fosse um defeito). São apenas elementos de um mundo de fantasia,
que querem levar o espectador a uma viagem à Vila de Santa Fé, local onde se
desenrola a trama. Um convite para conhecer personagens fantásticos, dotados de
características surreais. Uma pena que
num mundo extremamente realista as pessoas estejam cada vez mais racionais, não
deixando espaço em suas mentes para a maravilha que é a imaginação.
Surpreendente. Esse
seria um dos adjetivos cabíveis à primeira semana da nova novela das
seis da Rede Globo, Meu Pedacinho de Chão. Uma verdadeira obre de arte,
numa direção primorosa do conceituado diretor Luiz Fernando Carvalho,
que tem em seu currículo obras como Renascer, Os Maias, Hoje é Dia de
Maria e A Pedra do Reino.
O autor da novela é Benedito Ruy Barbosa e, na verdade, trata-se de uma
inspiração em novela de mesmo nome. Meu Pedacinho de Chão foi ao ar na
própria Rede Globo em 1971 e foi a primeira novela nessa faixa de
horário na emissora carioca. O autor, porém, avisa que não se trata de
uma refilmagem. Somente os nomes de personagens e locais se repetirão.
Tratará de assuntos que, na época, a censura não permitiria. Entretanto,
a grande novidade nessa versão é a atmosfera lúdica e teatral que foi
concebida para o folhetim. As cores, o cenário, o figurino e,
especialmente, a interpretação dos atores fogem ao padrão que o
espectador encontra nas obras desse gênero que é, sem dúvida, o mais
popular no Brasil. Algo parecido já se viu em séries ou minisséries,
mas, numa novela, trata-se de algo inédito.
Outra novidade está no elenco. Muito pequeno, com apenas vinte atores.
Número muito menor que o de minisséries. São nomes de primeira linha.
Antônio Fagundes, Osmar Prado, Rodrigo Lombardi, Juliana Paes, Bruna
Linzmeyer são apenas alguns nomes de destaque. Como também o ator
pernambucano Irandhir Santos, renomado no cinema e que faz sua estreia
nas novelas como o pistoleiro apaixonado Zelão. Um primor de
interpretação. A trama é extremamente atual: a opressão dos poderosos em
relação às classes menos favorecidas. Tudo contado de forma sucinta:
serão somente cerca de cem capítulos. Amor, humor e drama são os demais
componentes, numa caprichosa produção que a crítica especializada já
trata como um dos grandes acontecimentos nos últimos tempos na
televisão.
Está aí o grande perigo para a excepcional novela. Todo universo
ficcional, certamente encontrará resistência por parte do público mais
conservador. Muitos poderão achar a novela infantil ou fora da
realidade, com suas galinhas mecânicas, seu cavalo articulado ou
personagens que nunca mudam de roupa. Ou simplesmente que é colorida
demais (como se isso fosse um defeito). São apenas elementos de um
mundo de fantasia, que querem levar o espectador a uma viagem à Vila de
Santa Fé, local onde se desenrola a trama. Um convite para conhecer
personagens fantásticos, dotados de características surreais. Uma grande
metáfora da vida real. Uma pena que, num mundo extremamente realista,
as pessoas estejam cada vez mais racionais, não deixando espaço em suas
mentes para a maravilha que é a imaginação.
Surpreendente. Esse
seria um dos adjetivos cabíveis à primeira semana da nova novela das
seis da Rede Globo, Meu Pedacinho de Chão. Uma verdadeira obre de arte,
numa direção primorosa do conceituado diretor Luiz Fernando Carvalho,
que tem em seu currículo obras como Renascer, Os Maias, Hoje é Dia de
Maria e A Pedra do Reino.
O autor da novela é Benedito Ruy Barbosa e, na verdade, trata-se de uma
inspiração em novela de mesmo nome. Meu Pedacinho de Chão foi ao ar na
própria Rede Globo em 1971 e foi a primeira novela nessa faixa de
horário na emissora carioca. O autor, porém, avisa que não se trata de
uma refilmagem. Somente os nomes de personagens e locais se repetirão.
Tratará de assuntos que, na época, a censura não permitiria. Entretanto,
a grande novidade nessa versão é a atmosfera lúdica e teatral que foi
concebida para o folhetim. As cores, o cenário, o figurino e,
especialmente, a interpretação dos atores fogem ao padrão que o
espectador encontra nas obras desse gênero que é, sem dúvida, o mais
popular no Brasil. Algo parecido já se viu em séries ou minisséries,
mas, numa novela, trata-se de algo inédito.
Outra novidade está no elenco. Muito pequeno, com apenas vinte atores.
Número muito menor que o de minisséries. São nomes de primeira linha.
Antônio Fagundes, Osmar Prado, Rodrigo Lombardi, Juliana Paes, Bruna
Linzmeyer são apenas alguns nomes de destaque. Como também o ator
pernambucano Irandhir Santos, renomado no cinema e que faz sua estreia
nas novelas como o pistoleiro apaixonado Zelão. Um primor de
interpretação. A trama é extremamente atual: a opressão dos poderosos em
relação às classes menos favorecidas. Tudo contado de forma sucinta:
serão somente cerca de cem capítulos. Amor, humor e drama são os demais
componentes, numa caprichosa produção que a crítica especializada já
trata como um dos grandes acontecimentos nos últimos tempos na
televisão.
Está aí o grande perigo para a excepcional novela. Todo universo
ficcional, certamente encontrará resistência por parte do público mais
conservador. Muitos poderão achar a novela infantil ou fora da
realidade, com suas galinhas mecânicas, seu cavalo articulado ou
personagens que nunca mudam de roupa. Ou simplesmente que é colorida
demais (como se isso fosse um defeito). São apenas elementos de um
mundo de fantasia, que querem levar o espectador a uma viagem à Vila de
Santa Fé, local onde se desenrola a trama. Um convite para conhecer
personagens fantásticos, dotados de características surreais. Uma grande
metáfora da vida real. Uma pena que, num mundo extremamente realista,
as pessoas estejam cada vez mais racionais, não deixando espaço em suas
mentes para a maravilha que é a imaginação.