UM POUCO DE POESIA – por Vicente Bezerra
Esse é um lado meu que pouquíssimos, raros, conhecem. Há tempos atrás eu era dado a escrever (ou tentar na verdade) poesias. Um amigo poeta me incentivava. Outro, também poeta, dizia que guardava as poesias na gaveta, para saber se sobreviveriam ao tempo e ao ridículo, após o passar dos dias (talvez meses, anos). Hoje, raramente as escrevo. Na média de umas três por ano. Com o corre-corre desses dias de fim de ano e a falta de inspiração, ressuscito essa, que talvez seja uma das melhores, sem modéstia. Participou de um concurso, o qual eu não assisti pois tinha prova na universidade, e um colega a leu. Sorte ter se classificado. Dedico aos amigos Fábio Ribeiro e Genivaldo Gouveia, os amigos citados acima. Ah, o nome no final, é meu pseudônimo. A foto? Rachel Bilson (a Summer do seriado OC). É uma poesia, concordam?
DOMINGO
Aqui, há léguas de distância
De tudo que lembre um domingo.
Aqui, as horas falam saudade
E as flores cheiram a livro velho.
Na parede, um quadro em carne
É a tênue lembrança do amor.
Devaneio infantil de verão,
Felicidade fútil.
De que adianta o espelho,
Se os anos não dão conta
E o seu reflexo é o ser puro, racional?
Aqui, a léguas de um erro,
Cacos de sangue se juntam.
Em meio à colheita das frutas,
Tua lembrança persegue.
A sinceridade é mordaz.
O desejo, doloroso.
A mentira seria o bálsamo
Do coração ensandecido?
Tolice pensar.
Seu nome traz calma.
A alma reza, ora.
Chora por outro domingo.
(Elias Nolasco)
10ª colocada no concurso de poesia falada de Lagarto, em 2001.
Esse é um lado meu que pouquíssimos, raros, conhecem. Há tempos atrás eu era dado a escrever (ou tentar na verdade) poesias. Um amigo poeta me incentivava. Outro, também poeta, dizia que guardava as poesias na gaveta, para saber se sobreviveriam ao tempo e ao ridículo, após o passar dos dias (talvez meses, anos). Hoje, raramente as escrevo. Na média de umas três por ano. Com o corre-corre desses dias de fim de ano e a falta de inspiração, ressuscito essa, que talvez seja uma das melhores, sem modéstia. Participou de um concurso, o qual eu não assisti pois tinha prova na universidade, e um colega a leu. Sorte ter se classificado. Dedico aos amigos Fábio Ribeiro e Genivaldo Gouveia, os amigos citados acima. Ah, o nome no final, é meu pseudônimo. A foto? Rachel Bilson (a Summer do seriado OC). É uma poesia, concordam?
DOMINGO
Aqui, há léguas de distância
De tudo que lembre um domingo.
Aqui, as horas falam saudade
E as flores cheiram a livro velho.
Na parede, um quadro em carne
É a tênue lembrança do amor.
Devaneio infantil de verão,
Felicidade fútil.
De que adianta o espelho,
Se os anos não dão conta
E o seu reflexo é o ser puro, racional?
Aqui, a léguas de um erro,
Cacos de sangue se juntam.
Em meio à colheita das frutas,
Tua lembrança persegue.
A sinceridade é mordaz.
O desejo, doloroso.
A mentira seria o bálsamo
Do coração ensandecido?
Tolice pensar.
Seu nome traz calma.
A alma reza, ora.
Chora por outro domingo.
(Elias Nolasco)
10ª colocada no concurso de poesia falada de Lagarto, em 2001.
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