O
chamado "casamento gay" já é um fato em nosso país. Já não se conta o
número de casais homossexuais que oficializaram sua união, como há muito
tempo já deveria ser. A sociedade já não vê tal ato com a recriminação
de antes. Mas essa semana um beijo entre pessoas do mesmo sexo foi o
assunto mais debatido por todos.
É
como se pessoas do mesmo sexo pudessem se casar, mas ninguém soubesse
que elas se beijam. A sociedade moralista quisesse impor a seguinte
condição: “Ok, casem-se. Mas beijo na boca, não”. A cena presente no
capítulo final da novela Amor à vida, entre os personagens Félix e Niko,
foi comemorada como se fosse um título de futebol. Felizmente, não
apenas por pessoas que possuem essa opção (desculpem o termo) sexual,
mas por todos aqueles que aceitam a igualdade para todos, de forma
indistinta.
Óbvio
que houve quem condenasse. Decretaram o fim das famílias, um atentado
às crianças e outra dezena de frases do tipo. Pura bobagem. Nada houve
na tal cena de ofensivo à moral de quem que fosse. Não se tratou de um
beijo gratuito, vulgar. Foi um beijo de um casal apaixonado, responsável
por uma bela família, com seus dois filhos, e que se despede para ir a
mais um dia de trabalho. Nada mais comum e que certamente ocorre
milhares de vezes todos os dias em casas do Brasil. Qual o mal que esse
casal faz? Por que escondê-lo, segregá-lo?
A
hipocrisia e o preconceito andam juntos. E agem como vírus no meio
social, provocando intolerância nas pessoas. Como disse certa vez o
grande cientista Albert Einstein: “Gostaria de uma sociedade mais justa,
menos corrupta, com menos hipocrisia, mais digna, com mais amor ao
próximo, menos preconceito, menos rancor e principalmente mais paz na
alma”. Certamente, demos um passo para esse caminho.
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