De todos
os males que acompanham a juventude em seu âmbito educacional, sem
dúvida, a falta de leitura é o maior de todos. O prazer de se deleitar
com um bom livro, com uma boa história vem sendo cada vez mais posto de
lado por nossos estudantes. Contam-se nos dedos, numa sala de aula, o
número de alunos que, voluntariamente, estão lendo alguma coisa.
Alguns
estudiosos do assunto falam sobre a dinamicidade que o computador (tido
como grande rival dos livros) possui. O ambiente virtual, com imagens,
sons, links, interatividade não encontraria parelha no chamado livro
tradicional, com suas páginas e palavras, simplesmente. O jovem, dessa
forma, sentiria tédio por estar lendo (ou somente lendo). Parece que
chegamos a um tempo em que as pessoas não leem mais livros e sim somente
trechos de livros. A pressa, além de inimiga da perfeição, vem se
tornando inimiga também da educação.
O prejuízo
é enorme. Erros de ortografia, acentuação, pontuação e de pronúncia são
evidentes nos que não leem. Tudo isso aliado à falta de conhecimento
sobre os fatos que acontecem no Brasil e no mundo, que faz com que o
alheamento seja uma característica quase inerente ao jovem de hoje. Além
disso: o jovem estudante que lê (mesmo sendo raro, ainda existe) é
visto muitas vezes como um espécime diverso, alguém que está fora do
contexto e que por vezes sofre bullying daqueles que consideram a
leitura algo antiquado ou de gente idiota.
As
famílias precisam ter consciência dessa necessidade de levar a leitura
aos jovens. Pesquisas mostram que filhos de pais leitores tendem a se
tornar leitores. O simples fato de adultos terem livros em casa já serve
de estímulo para as crianças. Transformar o livro num objeto que faça
parte do dia-a-dia, não somente nas escolas mas nas casas das pessoas,
sem dúvida, é o grande desafio para a educação de hoje.
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