sexta-feira, 22 de março de 2013

Uma raposa no galinheiro



 A Comissão de Direitos Humanos e Minorias possui objetivos bem específicos. Dentre eles destacam-se:  receber, avaliar e investigar denúncias de violações de direitos humanos; cuidar dos assuntos referentes às minorias étnicas e sociais; contribuir para a afirmação dos direitos humanos. É, enfim, o porto seguro daqueles que, por fazerem parte de uma minoria, podem sofrer com o preconceito da sociedade.
 
Eis que, nos últimos dias, o espanto tomou conta das pessoas. Foi nomeado como Presidente da Comissão de Direitos Humanos e Minorias o pastor Marco Feliciano, deputado federal pelo PSC de São Paulo. Numa dessas cotas que o governo federal acaba fazendo para ter a chamada “governabilidade” a vaga de presidente da comentada comissão coube ao PSC. E o indicado, então, foi o pastor Feliciano.

Seu passado de intolerância é muito conhecido. Frases que denotam discriminação a negros, homossexuais e artistas foram relembradas na internet, inclusive com a manifestação de famosos. Como a comissão que deveria cuidar dos abusos que diariamente as minorias sofrem poderia ser presidida por alguém com o perfil de Feliciano? Uma contradição, sem dúvida, que fez com que ativistas, representantes de ONGS, outros políticos e até  mesmo religiosos se manifestassem contra o pastor.

A sociedade civil logo se organizou. Um abaixo-assinado exigindo sua saída vem sendo preparado, mas o odiado pastor permanece inabalável. Em vez de deixar o cargo, quer aproveitar o episódio para alçar voos maiores. Depois de dizer que os negros são pessoas amaldiçoadas e que a Aids é o câncer gay, afirmou hoje (15/03) que pretende se candidatar à Presidência da República em 2014. A raposa quer muito mais do que um simples galinheiro.

2 comentários:

  1. Texto bom, mas não trouxe nada de novo para o público. O 0 e o simbolo do infinito são bem próximos por incrível que pareça. Quando tu coloca para fazer uma pesquisa no Google, ele trás mais de 1 milhão de resultados. Tanta informação, mas que não sabendo utilizar corretamente para construção de um pensamento torna uma infinidade de desconhecimento. (Vi isso numa palestra e achei interessante). Então, o novo olhar com uma perspectiva diferente acrescenta muito. Não vi isso nesse texto.

    Att
    Pedão

    ResponderExcluir
  2. Obrigadop pela participação, Pedro. Críticas são sempre bem-vindas. Mas não esqueça que, às vezes, o texto tem a função não de trazer algo novo, mas simplesmente de mostrar o que está acontecendo. Acredite que há pessoas que sequer sabem quem é Macos Feliciano ou até mesmo que existe uma Comissão de Direitos das Minorias. este texto teve esse objetivo, ou seja, falar sobre algo que muitas pessoas nem têm noção que está acontecendo (por incrível que pareça). Grande abraço!

    ResponderExcluir