segunda-feira, 10 de outubro de 2016

Em tempo de eleição, quem suporta o whatsapp?



Maior aplicativo de mensagens instantâneas, o whatssapp é, sem dúvida, uma excelente forma de comunicação. Além disso, serve também para divulgação de eventos, propaganda, enfim, tudo aquilo que se deseja que a maioria das pessoas saiba que irá acontecer. Principalmente através dos chamados grupos, em que, às vezes, centenas de pessoas dividem o mesmo espaço virtual.

Eu mesmo estou em vários grupos do aplicativo. Uns do trabalho, da família, do Flamengo, meu clube de coração. Também participo de outros mais gerais, que iniciaram com a pretensão de serem "grupos de notícias".Uma forma interessante de divulgar e saber sobre fatos e eventos de nossa cidade. Claro que um bom debate acerca de assuntos polêmicos é sempre bem-vindo, desde que haja educação por parte dos envolvidos. Cada um pode, é claro, defender aquilo em que acredita, desde que haja respeito e civilidade.
Entretanto, começada a campanha eleitoral que, felizmente, esse ano dura apenas 45 dias, vê-se o aplicativo transformado num verdadeiro "cabo eleitoral virtual", tamanha a quantidade de propaganda de candidatos que passou a veicular. Mais ainda: uma verdadeira avalanche de ofensas, ameaças e discussões, que passa longe do mínimo aceitável para que se possa tentar construir uma argumentação dotada de algum pensamento que se aproveite.

Grupos e mais grupos, com assessores, políticos e apaixonados, digladiando-se de maneira muitas vezes desrespeitosa, como se mais nada importasse senão o evento do dia 02 de outubro. Amizades desfeitas, rancor e até promessas de futuros processos judiciais derivados de manifestações virtuais. Enfim, uma arena repleta de feras em que o bom senso foi devorado. Pessoalmente, abstenho-me dessas discussões em nível municipal e, por vezes, estadual. Sei da paixão das pessoas e sua falta de discernimento em separar um posicionamento sobre qualquer assunto de uma preferência política.

Mas vejo,de forma lamentável, um espaço que poderia ser utilizado como mais uma forma de divulgação de projetos e intenções políticas utilizado de forma inconveniente com a enxurrada de "santinhos virtuais" ou transformado em mero ringue para batalhas eleitoreiras.

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