quinta-feira, 21 de julho de 2011

A kind of magic


A KIND OF MAGIC – por Vicente Bezerra

Um domingo mágico foi o último. Reunião de amigos para viajar e se divertir. A programação era indefinida, exceto à noite quando iríamos ao teatro, assistir a um show de uma banda cover. Fomos ao shopping, tomamos uns chopps e assistimos à derrota da seleção brasileira para o Paraguai, nos pênaltis. Derrota bisonha. Apesar disso, estávamos nos divertindo, dando boas risadas. À noite, fomos ao nosso compromisso marcado, onde encontraríamos ainda outros amigos (uns que não via há algum tempo, outros que só conhecia virtualmente) e meu irmão. O compromisso era o show de uma banda cover do Queen.

O Queen reinou absoluto nos anos 80. Talvez seja, depois dos Beatles e U2, a banda que mais possua hits facilmente reconhecidos pelas pessoas. A “rainha” tem muitos sucessos, de conhecimento popular. Só isso já garantiria a coroação desse domingo de magia. Mas a mágica se fez.

No ambiente quase lotado, senhores e senhoras que estavam ali provavelmente por terem ganho ingresso cortesia do patrocinador. Eis que entra no palco do teatro, a banda God save the Queen (ou Diós salve a la Reina, no idioma original dos músicos). Impecavelmente trajados como o Queen original, executaram One Vision, música muito conhecida, mas não um grande sucesso radiofônico. Os argentinos Pablo Padin (vocal), Francisco Calgaro (guitarra), Matias Albornoz (bateria) e Ezequiel Tibaldo (baixo) lembram muito o Queen na década de 80, pela presença de palco e pelas roupas. Ultimamente a banda tem ganhado fama mundial pela fiel imitação que fazem.

Mais impressionante que as roupas, era a semelhança física de alguns integrantes. Francisco lembra muito o guitarrista Brian May (mais jovem), tem timbre de voz parecido e usa guitarras da mesma marca e modelo do lendário músico. Mas Pablo Padin rouba a cena. Pablo é Freddie Mercury: na voz bela e potente, nos trejeitos, não deixando a desejar na imitação, ou melhor, clonagem.

Extasiados, quem estava no teatro passou a se empolgar com o espetáculo (sim!) e a ficar de pé para celebrar o bom rock e ouvir a coleção de hits da banda: Play the game, Now i´m here, Who wants to live forever, Radio gaga, I want to break free (essa com Pablo impagável vestido de mulher, como Freddie no clipe), We are the champions, A kind of magic, Under pressure, Show must go on, Bohemian rhapsody (um dos pontos altos, com a banda fazendo ao vivo a parte operística) entre outras que não lembro agora. Execução perfeita de clássicos, iluminação e som muito bons. Um espetáculo para curtir com todos os sentidos. Uma experiência sensorial e sobrenatural.

A reação de todos fora do teatro, após o show era a mesma: o sentimento de ter viajado no tempo (ou para o além) e ter visto o Queen ao vivo. Todos comentavam sobre a perfeição da banda, visualmente e musicalmente. Todos inebriados. Talvez tenha sido algum tipo de mágica. E viva ao Rock´n´roll!

P.S.: a banda da foto não é o Queen. Veja mais em http://www.dsr.com.ar/.

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