sexta-feira, 11 de maio de 2012

Kong



KONG – por Moacir Poconé

A campanha contra o racismo é mundial. Todos buscam formas de erradicar da sociedade essa forma tão vil de preconceito. Um exemplo ocorre nos campos de futebol, quando clubes são penalizados devido a atitudes de suas torcidas. Isso porque imitam sons de macaco ou jogam bananas quando um jogador negro atua no time adversário.

A representação do negro como macaco sempre foi vista como depreciativa. É uma maneira de considerar alguém daquela raça como primata, inferior ou mesmo animalesco. Por isso, causou espanto um vídeo acompanhado de uma letra (?) de música (?), protagonizado por três negros Alexandre Pires, Neymar e Mr. Catra, no qual se vestem e imitam um macaco. Algumas pérolas da canção (?):


Agora que eu já te conheço me desculpe eu vou falar
Vou falar (x2)
Essa carinha de santinha nunca vai me enganar
Enganar (x2)

Se quer beijar na boca eu quero também
Se ocê quer sentar senta aqui meu bem
Se quer beijar na boca eu quero também
Se ocê quer sentar senta aqui neném

Tem base o trem é bão!
A pulseira dessa mina algemou meu coração
Tem base é pra acabar
É no pelo do macaco que o bicho vai pegar (x2)

Kong kong kong (x2)
King kong
Kong kong kong (x2)

Preste atenção meninas
O bagulho é desse jeito
O bonde do kong não vacila
É instinto de leão
Com pegada de gorila

Kong kong kong
Daquele jeito
Kong kong kong
Dá-lhe kong
O bicho vai pegar

A composição (?) vem causando polêmica. Percebem-se claramente ofensas às mulheres como também à raça negra. Os autores se defendem dizendo que tudo não passa de uma brincadeira. Pode até ser. Mas o Ministério Público Federal de Minas Gerais acha que não. Tanto que já está investigando se houve crime. O cantor (?) se diz chocado, que adora ser negro e que tem orgulho de sua cor. Imagine se não tivesse.

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