quarta-feira, 9 de junho de 2010

A Copa psicografada e traduzida para brasileños



A COPA PSICOGRAFADA E TRADUZIDA PARA BRASILEÑOS – por Vicente Bezerra

Eu pensei em colocar entre parênteses aí em cima, a colaboração que recebi neste artigo. Aliás, recebi literalmente. Ou melhor, espiritualmente.

Estava eu no MSN conversando com um amigo sobre a Copa do Mundo, quando de repente senti uma coisa diferente. Foi uma sensação estranha, que depois fui descobrir o que era: uma manifestação espírita que eu estava recebendo. Eis que incorporei o espírito do famoso médium paraguaio Xiko Javier, recém desencarnado, que através de mim, ditou comentários sobre algumas das Seleções da Copa, comparando-as aos clubes brasileños para melhor entendimento, segundo ele. E o que foi psicografado e traduzido segue adiante.

Portugal: umas das comparações mais óbvias. Os patrícios encontram na nossa Portuguesa sua melhor tradução (são as mesmas cores, inclusive). Assim como a Lusa, Portugal tá sempre por aí, participando, sendo simpático, e...participando. Ganhar que é bom, nada!

Dinamarca: saudosa Dinamáquina de Laudrup e Olsen. É o nosso Bragantino. Fez um time bom uma vez na vida, sumiu e ninguém vê mais. Só aparece na TV quando enfrenta alguém realmente importante.

Itália: time enjoado, jogo feio, classificação suada, campeã. Alguém pensou no Grêmio? Acertou! Como é sem graça ver a Itália jogar (e o Grêmio também). E volta e meia atravessa nosso caminho, incomodando como uma pedra no sapato. Ou o Grêmio já não te fez raiva também?

França: a frescura em forma de futebol. A pronúncia dos nomes dos seus jogadores dá náuseas e você se pega fazendo biquinho. Falou em frescura, falou no tricolor do Morumbi. A torcida do São Paulo não assume, mas adora. Richarlysson e vai ao delírio quando Raymond Domenech, técnico dos azuis, dobra aquela mãozinha quando reclama de algo. Nooooooooossa!

Chile: igual ao Paraná Clube: horas está, horas não. Também conhecido como time iô-iô.

África do Sul: é uma festa a sua torcida! Muita música e vibração. A torcida acha que o time é muito bom, mesmo sendo uma droga. Mas, o que vale é a festa. Igualzinho ao tricolor de aço da boa terra. Bora Baêa! Bafana Bafana!

Argentina: é o Corinthians! Sua torcida se acha o máximo, eles se acham os melhores e maiores, mesmo não sendo(e não são!). Não importa: tudo deles é o melhor. Ô torcidinhas chatas! E tem outra: eles acham que aquele camisa 10 deles foi melhor do que os dos outros. Maradona e Neto não se comparam, mas pra essas torcidas foram seus Deuses. E nos outros times não existiu ninguém que os superem. A arrogância em pessoa. Ou melhor, em time.

México: sempre como coadjuvante, o time nunca emplaca. O máximo que eles conseguem é simpatia pelo seu país. Assim também é o Vitória da Bahia, todo mundo adora a terra de todos os Santos e o time que não incomoda nunca, boa praça como os baianos.

Inglaterra: pose pura. Dizem ser lordes, nobres, serem bons no futebol, mas título que é bom, só aquele que faz tanto tempo que pouca gente lembra. Fluminense, claro.

Holanda: a Laranja Mecânica monta boas equipes, sempre é apontada como favorita, encanta os amantes do futebol e a mídia, mas na hora H dá chabu. O Cruzeiro é assim: todo campeonato é apontado como um time bem montado, favorito, mas...

Uruguai: já teve grandes equipes, já teve grandes jogadores (Rodolfo Rodrigues, Francescoli, Dario Pereyra, De Leon), já foi um grande campeão, mas hoje vive na draga. Faz tempo que não faz uma graça. Foi só eu que lembrei do Vasco?

Alemanha: o time do Dr. Fritz lembra muito o Internacional. Monta grandes times, revela grandes jogadores, tem tradição, volta e meia tá levantando um caneco, mas não enche os olhos de ninguém com seu futebol burocrático.

Espanha: a Fúria é a seleção tida como eterna promessa. Toda Copa é aquela expectativa: dessa vez a Espanha emplaca! E nada. Nada e morre na praia. Parece o Atlético Mineiro.

Brasil: assim como o Flamengo, é penta atrás do hexa. Suas torcidas são poderosas. O time pode ser um fiasco, mas pra eles são os melhores do mundo. São os queridinhos da Rede Globo, pois dão privilégios e são privilegiados. Ambos sempre entram como favoritos, mesmo com equipes capengas. Ambos já depositaram confiança num jogador (um gênio por sinal), mas que sempre amarelou em momentos decisivos (você ganha um doce se achar algo no Google depois de digitar “gol de Zico na final”!).

Quando ia responder quem seria o cavalo paraguaio desta Copa, o amigo com quem eu teclava no MSN chamou a atenção e perdi o contato com o médium-volante Xiko Javier e não psicografei mais nada. Será que ele se ofendeu?

E vocês, podem vuvuzelar à vontade nos comentários...

Um comentário:

  1. Muito engraçado. Só discordo, é claro do Brasil. Primeiro porque o Brasil, sim, quer se igualar ao Flamengo. E depois, a injustiça feita com o grandioso Zico, jogador que perdeu apenas um jogo em Copas do Mundo e que fez sim vários gols em finais (principalmente conta o Vascuzinho)... Por fim, deixo as palavras de Fernando Calazans: "O azar não foi de Zico ao não ter ganho a Copa Mundo. O azar foi da Copa do Mundo não ter sido ganha por Zico". Abraços

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