sexta-feira, 11 de março de 2011

E se fosse no Brasil?


E SE FOSSE NO BRASIL? – por Moacir Poconé

São aterrorizantes as notícias que nos chegam do potente terremoto que devastou parte do Japão. O maior que já houve por aquelas bandas (e olhem que terremoto por lá é coisa normal), o terremoto alcançou 8,9 pontos na escala Richeter, que vai até 10. Para se ter uma ideia, o maior abalo sísmico já anotado em todos os tempos ocorreu no Chile, em 1960, tendo um registro de 9,5 pontos.

O número de vítimas fatais ainda é uma incógnita. Alguns veículos de comunicação falam em trezentos mortos, mas outros já aumentam esse número para mais de mil. Há, inclusive, o perigo de vazamento nuclear, o que pioraria demais a situação. Não podemos esquecer, no entanto, que se trata de um país preparado para todo esse caos. Terremotos, tsunamis, desastres ambientais, enfim, não são raros naquela região do mundo. É como se a população soubesse que mais dia , menos dia iria se deparar com o cenário terrível que temos hoje. Imaginemos, apenas a título de suposição, que tal evento cataclísmico ocorresse em nosso país. Haveria alguma estrutura para enfrentá-lo?

A resposta é óbvia: claro que não. Como esquecer das mais de oitocentas pessoas mortas no Rio de Janeiro por causa das chuvas ocorridas neste ano? Como comparação, é importante lembrar que na Austrália, no mesmo período, choveu volume de água semelhante ao da região carioca e o número de mortos registrado foi de apenas quatro pessoas! É inegável que não há planejamento dos governos, seja na conscientização das pessoas para que não construam em lugares indevidos, seja na própria condição estrutural das cidades. “Mas no Brasil não existem terremotos. Por que se preocupar com eles?” dirão os céticos. É verdade, embora também há alguns anos não se ouvisse falar em tornados no nosso país e agora se percebe que estão se tornando (sem trocadilho) uma constante no sul do país. Até mesmo terremotos (pequenos, de fato) foram registrados nos Estados do Ceará, Paraná, Santa Catarina e São Paulo. Não se trata, portanto, de algo inimaginável.

A nós, brasileiros, pelo que notamos, só nos resta ficar na torcida para que “chova menos”, “trema menos”, “esquente menos”, ou seja, ficamos a mercê dos eventos naturais. Porque se dependermos da organização e planejamentos dos nossos governantes para enfrentá-los, não restará pedra sobre pedra.

Um comentário:

  1. E se fosse no Brasil? Uma frase marcaria a tragédia: corre negada!
    Vicente

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