sexta-feira, 4 de março de 2011

O melhor filme de... Johnny Depp


O MELHOR FILME DE... JOHNNY DEPP - por Moacir Poconé

Provavelmente o mais talentoso ator de sua geração, Johnny Depp é sinônimo de bom filme. Seja em blockbusters como a franquia Piratas do Caribe, seja em dramas amenos como Chocolate ou Antes do Anoitecer. Indicado três vezes ao Oscar (ainda não ganhou a estatueta), a versatilidade é seu grande talento. A transformação que apresenta em seus diversos papéis chega a impressionar.


É famosa sua parceria com o diretor Tim Burton, com o qual realizou filmes memoráveis pelos seus personagens “esquisitos” como Edward Mãos de Tesoura, Ed Wood, A Lenda do Cavaleiro sem Cabeça, A Fantástica Fábrica de Chocolate e Swenney Todd – O Barbeiro Demoníaco da Rua Fleet, além da recente versão de Alice no País das Maravilhas. Sua filmografia possui ainda clássicos do cinema como A Hora do Pesadelo (sua primeira aparição no cinema) e Platoon (ainda no início da carreira).
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“Meninos nunca deveriam ir pra cama, pois quando acordam estão mais velhos”

“Existem lugares que muitos passam a vida buscando e que nunca conseguem encontrar, mas há pessoas que nunca desistem” (do filme Em Busca da Terra do Nunca)


A história de Peter Pan é conhecida no mundo inteiro, passando de geração a geração. O menino que não quer crescer representa a vontade que temos que de que o tempo pare e aqueles a quem amamos permaneçam imunes a esse fato cruel e inevitável. A infância representa a ingenuidade e a fantasia, que muitas vezes se perdem ao nos tornarmos adultos.

O filme Em Busca da Terra do Nunca conta a história do criador do Peter Pan, Sir James Barrie, magistralmente interpretado por Johnny Depp. Autor de peças teatrais, Barrie era rejeitado pelo público em geral. Caminha pelas ruas de Londres à busca de inspiração acompanhado por seu cachorro, já que sua esposa pouco se preocupa com a carreira do marido. É uma mulher fútil, obcecada pela sociedade londrina e por manter o casamento a qualquer custo, mesmo que só pela aparência.

Numa dessas caminhadas, Barrie conhece uma jovem viúva, mãe de quatro filhos, pela qual nutre inicialmente uma grande admiração. Essa admiração se transformará em amor. Num amor condenado por uma sociedade hipócrita e que não enxerga seus próprios defeitos. Mas Barrie enfrenta a todos e se entrega ao romance. E é nos seus enteados que encontra inspiração para fazer a sua obra-prima, que o imortalizaria como grande autor de literatura infanto-juvenil. Depp está soberbo, conciliando momentos de magia e diversão com momentos de tristeza e silêncio.

É um filme comovente (especialmente por seu final) no qual as interpretações dos atores prevalecem num roteiro muito bem escrito, ancorado num ótimo figurino e trilha sonora. Não à toa, recebeu sete indicações ao Oscar, incluindo melhor filme e melhor ator. Um filme para se assistir e se emocionar. Para mim, o melhor filme de Johnny Depp.

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