sexta-feira, 21 de outubro de 2011

Abre o olho, Fidel


ABRE O OLHO, FIDEL – por Moacir Poconé

Foram chocantes as imagens que correram o mundo mostrando o fim do ditador líbio Muammar Kadhafi. Em meio a uma turba ensandencida, vemos o outrora todo poderoso comandante tal qual um boneco de pano, sendo levado para o abraço da morte. Em seguida, a foto que estampa essa postagem, do ditador já morto para o alívio de muitos líbios que sofreram ao longo de quarenta e dois anos com um regime de opressão e milhares de mortes. Alguns se lembraram da captura do ditador iraquiano Saddam Hussein, igualmente reduzido à situação de reles mortal, mas ao menos executado por forças do Estado. Já Kadhafi não teve sequer esse “privilégio”: foi morto ali mesmo, na rua, linchado e com tiros no abdome.

Neste ano, vimos populações de países africanos e do Oriente Médio se rebelando contra ditadores que há décadas estão no poder. A internet certamente foi elemento essencial para que isso acontecesse. Outro ponto que deve ser considerado é a vontade das pessoas de exprimirem seus anseios, independente do que possa lhes ocorrer. Já há ditadores de outros países como Iêmen e Síria sendo apontados como a “bola da vez”. É interessante que outros eternos donos do poder coloquem as barbas de molho, literalmente. Inevitável não se pensar nos irmãos Castro, Fidel e Raúl, que a ilha de Cuba desde 1960, com um regime igualmente opressor e sanguinário.


Governando Cuba desde a derrubada do ditador Fulgêncio Batista, Fidel Castro, se manteve no poder até o momento em que teve forças físicas para isso. Passou o poder para o irmão, Raúl em 2008. Dono de ideias consideradas mais “liberais”, o país tem passado por certas transformações do ponto de vista econômico (foi liberada este ano a compra e venda de carros na ilha), mas a liberdade de expressão ainda é artigo raríssimo na ilha caribenha. Ao longo de décadas, cubanos fugiram rumo aos Estados Unidos e nada se soube do eu ocorria na ilha. A pergunta agora é: até quando?


Diante do desfecho trágico imposto a Saddam Hussein e agora a Muammar Kadhafi, é bom que Fidel Castro e seu irmão comecem a pensar numa saída mais digna ou, pelo menos, que lhes permita sobreviver. Antes que seja tarde demais...

3 comentários:

  1. Realmente, é apenas uma questão de tempo, antes era como dizia Hitler, "Que sorte para os ditadores que os homens não pensem", vejo que essa sorte acabou faz tempo...mas não adianta matar um ditador e depois colocar uma pessoa que apenas "reorganize os problemas", infelizmente hoje tudo gira em torno do poder, mas acredito que no final tudo sempre dará certo.
    Rodrigo

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  2. Tem um erro de português no terceiro período (verbo sofrer).

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  3. Muito obrigado Anônimo pelo aviso a respeito do erro. O texto já foi alterado.
    Moacir Poconé

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