sexta-feira, 14 de outubro de 2011

O que conduz


O QUE CONDUZ – por Moacir Poconé

É interessante a etimologia, ou seja, a ciência que estuda a origem das palavras. Hoje, por ocasião do dia de amanhã, pesquisava sobre a palavra “professor” e sua escrita nos mais diversos idiomas.

Comecemos pelo nosso português. Professor, em sua origem, é “aquele que professa”, ou seja, aquele que declara, que tem a convicção de algo ou ainda que ensina. Em inglês temos o vocábulo “teacher”, derivado do verbo “to teach” que é o verbo ensinar. Em espanhol, temos o termo “maestro” equivalente a mestre”, que nada mais é do que aquele que conduz”. Voltando ao termo professor, temos em francês “l’enseignat”, ou seja, “o que ensina”.

Percebam que invariavelmente temos a noção de ensinar, de conduzir ligada ao termo professor. Daí que podemos ampliar de maneira especial o conceito do que realmente vem a ser um professor. Temos muitos mais professores do que supomos. Ao longo de toda a vida, desde as primeiras lições para o amamentar, o ficar de pé, o andar e o falar. Crescemos aprendendo e recebendo novas lições. Dos pais professores passamos aos amigos professores, que nos ensinam o que fazer (embora muitas vezes nem eles mesmos saibam como!). E no trabalho, no uso de novos aparelhos eletrônicos, no aprendizado de nova atividade, passamos a vida recebendo lições das mais diversas.

O curioso é que também somos todos professores. Muitas vezes ensinamos coisas que sequer conhecíamos. Orientamos, conduzimos, instruímos aqueles que amamos e que confiam em nós. Essas lições do dia-a-dia não são planejadas ou pesquisadas de forma prévia. Aparecem em nossa frente e exigem uma resposta imediata, trazendo conseqüências muitas vezes inesperadas, pois a vida é assim mesmo: uma sucessão de fatos que nos conduzem pelo tempo.

Mas amanhã é o dia do professor. Aquele da sala de aula. O que dentre todas as pessoas que ensinam, que conduzem, recebe pela sociedade esse título. Isso mesmo. Mais do que uma profissão, pode-se dizer que “professor” se trata de uma verdadeira honraria. Não reconhecida por muitos, é verdade. Mas que nem precisa ser. O professor já traz no seu próprio nome a importância daquilo que faz.

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