quinta-feira, 12 de agosto de 2010

Ói! Olha o trem!

ÓI! OLHA O TREM! – por Fabiano Andrade (contribuição)

Olá, meia-dúzia de leitores. Hoje, temos o texto de um colaborador. A correria desses meus dias me impediram de escrever e, aliado à importância do tema do texto e do amigo, vamos publicá-los. Um abraço e semana que vem estamos aqui de novo. (Vicente Bezerra). Eis o texto:

Eleições chegando e tudo em sua volta esmaece. Há menos de quatro anos para o início da copa, as incertezas sobre o transporte ferroviário preocupam. Não se sabe quem vai manter e cuidar deste transporte. A constituição determina que o transporte urbano seja de responsabilidade do município ou do estado, mas hoje quem faz este papel, no sistema ferroviário, em algumas capitais sedes da Copa brasileira é a estatal federal Companhia Brasileira de Trens Urbanos (CBTU) – prova da incapacidade da Gestão Pública.

Os municípios utilizadores do sistema ferroviário trabalham com o serviço no vermelho. O faturamento com os passageiros cobre apenas 40% dos custos operacionais das ferrovias, o restante vem de repasses do Governo Federal. Se os municípios não têm condições de arcar com os custos de funcionamento e é uma empresa estatal quem administra o setor nessas localidades, leva a crer que, dessa forma, tudo fluiria bem. Porém, a CBTU, que desde o ano passado administra à distância, não conseguiu nem pagar sua última folha anual que foi de R$ 211 milhões contra uma receita de R$ 110 milhões. A quem interessa o caos? Por que será que as linhas férreas brasileiras não atraem usuários? Será que é mais barato sair de casa com seu próprio carro? Preocupar-se com estacionamento? Congestionamento? Furto?

E surgindo detrás da montanha vem o trem, fumegando o resquício da qualidade européia, chorume japonês. E aqui os esperaremos em 2014. “Quem vai chorar? Quem vai sorrir?”

“Quem vai chorar? Quem vai sorrir?”

2 comentários:

  1. É, Fabiano, muita coisa em infraestrutura terá de ser feita para que a Copa aconteça em nosso país. Mas acredito que todo problema da preferência por rodovias em lugar de ferrovias começa no governo de Washington Luiz (final dos anos 20 do século passado) com o lema: "Governar é abrir estradas".
    Gostei muito da colaboração. As portas estão sempre abertas. Abraços, Moacir Poconé.

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  2. É de se pensar. Enquanto o Brasil pena, a Odebrecht irá construir um trecho que ligará Lisboa a Madrid.
    Abraços a todos!!
    Valeu Moacir!
    Valeu Vicente!!

    Fabiano Andrade.

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