quarta-feira, 20 de abril de 2011

Duelo atemporal

DUELO ATEMPORAL – por Vicente Bezerra

Valdez; Daniel Alves, Puyol, Piqué e Adriano; Mascherano, Xavi e Iniesta; Pedro, Messi e Villa. Treinador, Guardiola. Com alguma variação na escalação, este é o time que tem encantado a quem vê jogar. Com um futebol vistoso, muito toque de bola, velocidade e chances de gol em profusão, o Barcelona tem dificultado (e muito) a vida dos adversários. A verdade é que a equipe espanhola tem destoado da mesmice que o futebol mundial tem vivido há pelo menos vinte anos: preparo físico, marcação, força.

O Barcelona consegue ser leve e partir pro ataque sem descuidar da defesa. Guardiola conseguiu o equilíbrio de seu elenco e seu time busca sempre a vitória, os gols. E tem dado resultado. O time catalão nos faz lembrar equipes que surgem cenário da bola, de tempos em tempos, para quebrar a monotonia que o futebol às vezes se torna quando se privilegia só marcação e defesa. Foi assim com a Hungria de Puskas, com a Laranja Mecânica de Cruiff, para exemplificar.

Valdir Perez; Leandro, Oscar, Luizinho e Júnior; Falcão, Sócrates, Cerezo e Zico; Serginho Chulapa e Éder. Treinador, Telê Santana. Essa foi mais uma das equipes das que sacodem a poeira no futebol, de vez em quando. Até hoje é lembrada em todo o mundo como representante do futebol arte. Infelizmente, não foi campeã em 1982. Pior. Ficou estigmatizada como uma equipe que jogava bonito, mas não ganhava. Por acreditar nessa insanidade, alguns pragmáticos “criaram” o futebol de resultado, aquele da marcação e preparo físico, do jogo feio. Assim, ganhamos a copa de 1994.

Telê Santana foi um mestre como treinador (também foi um bom jogador, no Fluminense). Suas equipes tinham como preocupação maior atacar, tocar a bola, estar sempre no campo do adversário. Guardiola bebeu dessa fonte. O Barcelona passa a maior parte do tempo com a posse da bola, do meio campo para frente. Essa posse de bola, de ambas equipes, não é aquela posse sem produção, onde se toca a bola de lateral para o zagueiro, deste para o volante, e deste para o lateral (ou zagueiro) – muito usado por Parreira. É uma posse de bola produtiva, com toques rápidos no meio campo, usando sempre os laterais como alas, visando a trave adversária. A seleção de 82 tem isso em comum com o Barça: todo mundo chega na cara do gol, sejam laterais, meias, volantes ou atacantes claro.

Como seria um jogo entre essas equipes? Jogo imaginário claro. No gol, as duas equipes se equivalem. Valdez e Valdir sempre foram mais ou menos. Nas laterais, Daniel Alves ia encarar Júnior. Parada dura. Do outro lado, Leandro ia pra cima de Adriano, que precisa comer muito feijão com arroz ainda. Puyol e Pique iam encarar Éder e Chulapa e mais a galera que chega chutando: Falcão, Sócrates, Zico (claro), Júnior e Cia. Chulapa e Puyol certamente ia ter encrenca na certa. Caberia a Mascherano, juntamente com Iniesta parar Zico e Sócrates. Né mole não, duelo seguro. E pra segurar Messi e Xavi? Cerezo e Falcão. Problema para ambos. Sem falar que esses dois do Barcelona, chegariam junto com Pedro e Villa pra cima de Oscar e Luizinho. Ia ser um jogão. Quem você acha que ganharia?

Shep Messing; Carlos Alberto, Franz Beckenbauer, Werner Roth e Marinho Chagas; Cruiff, Tony Field, Pelé e Eusébio; Chinaglia e Romerito. Esse é um catado, um mistão, de jogadores que passaram pelo NY Cosmos. Assim como as equipes citadas, esse foi a concretização do sonho de plantar o futebol nos EUA, o futebol arte, com os craques. Não o futebol de resultados, o feio, o pegado. Infelizmente pouco floresceu esse ideal. E aí leitor, que vencer o duelo lá em cima pega esse timaço aqui. Que acham? Não há limite para a imaginação...

5 comentários:

  1. Realmente seria um jogaço, mas ainda acho que daria para a Seleção de 82, talvez o maior time que já vi jogar (embora fosse ainda muito novo na época, kkkkkk). Agora, esse tal time do Cosmos, mesmo com Pelé e Eusébio, não está com nada. Quem diabos é Shep Messing? E ainda, Werner Roth e Tony Field e Chinaglia? Não dav nem para o cheiro contra o Barça de hoje ou o Brasil de 82...
    Moacir Poconé

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  2. Rapaz...Pelé, Eusébio, Cruiff, Beckenbauer, Carlos Alberto, Marinho Chagas, Chinaglia, Romerito...o time é de responsa, hehehe...
    Vicente

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  3. Acho que seria 0x0, já que ambas são amarelonas em finais...kkkkk Brincadeira à parte, só posso falar pelo barça, que pra ser parado, é preciso um período grande de preparação psicológia, tática, técnica, palestras, workshops, fé... coisas que um ou outro time conseguem fazer vez ou outra (um Madrid, um Manchester). Só quem tem essa fórmula é o retrancudo, mas genial treinador Mourinho, ora poix.

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  4. Shep Messing = (nascido em 09 de outubro de 1949 no Bronx, Nova Iorque) é um ex-goleiro de futebol americano e atual emissora. Ele jogou sete temporadas na North American Soccer League e seis no interior de Major League Soccer. Ele também foi membro da equipe de futebol dos EUA no Verão de 1972 Jogos Olímpicos.

    http://en.wikipedia.org/wiki/Shep_Messing

    olha o link aê. kkkkk

    Pedro Luis Fernandes

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  5. Ou seja: esse tal de Shep Messing é na verdade um João Ninguém. Que time é esse que tem no gol um vazio? kkkkkkkkk
    Moacir Poconé

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